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A evidencialidade em textos acadêmicos de grau do português brasileiro contemporâneo

Em enunciados do tipo “Acredito que vai chover”, “Acreditamos que vai chover” ou “O serviço de meteorologia disse que vai chover”, há uma diversidade na veiculação da informação no que diz respeito ao envolvimento do enunciador com a fonte do conhecimento, gerando um efeito de sentido diferenciado na interpretação do ouvinte/leitor.

No primeiro caso, o sujeito-enunciador se coloca como a própria origem da informação, responsabilizando-se diretamente com a asserção proferida. No segundo caso, o fato de o predicado encaixador estar flexionado na 1ª pessoa do plural não passa despercebido, pois, dessa forma, o envolvimento do sujeito-enunciador com o que foi dito é diluído, e a responsabilidade pelo conteúdo asseverado como que partilhada. No terceiro caso, o enunciador se distancia da condição de fonte do que informa, atribuindo-a a uma terceira pessoa (o serviço de meteorologia).

Dessa forma, a evidencialidade é uma estratégia discursiva que manifesta diferentes efeitos de sentido, revelando a intencionalidade do sujeito-enunciador quanto à responsabilidade da proposição, já que, ao fornecer a fonte da informação, ele imprime maior ou menor confiabilidade ao seu enunciado, afastando-se, em graus variados, do conteúdo veiculado.

Dados do Livro

AUTORA: Cláudia Ramos Carioca
PÁGINAS: 228
ANO: 2011
VALOR: R$ 38,50

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